Quem viaja para a ilha de Cuba, no Caribe, vai encontrar, além das praias com suas águas límpidas e azuis, uma cultura e costumes diferenciados e um artigo de luxo conhecido mundialmente: o charuto cubano. O ‘puro’, como é chamado. Esse reconhecimento vem das folhas de tabaco cultivadas no país, que são as melhores do planeta. A localização, no meio do Caribe, o clima subtropical, com sol quase o ano todo, que proporciona muitas horas de iluminação, com temperaturas altas e alta umidade, seriam importantes fatores para a qualidade do fumo.
O coração da plantação de tabaco do melhor charuto do mundo está em Pinar del Río, onde está localizada a fábrica de tabacos Francisco Donatién, que pode ser visitada e onde é produzida a marca Vegueros. Lá é a única região que produz os verdadeiros charutos chamados de “havanos”. Qualquer outro charuto produzido em outra região não leva essa qualificação.
Essa tradição que conquistou o mundo foi herança dos ameríndios da ilha, desde a época de seu descobrimento, em 1492. Segundo a lenda, quando Cristovão Colombo aportou na Baía de Gibara, dois homens de sua tripulação, Rodrigo de Jerez e Luís de Torres, encontraram nativos tainos que seguravam pedaços de folhas fumegantes.
Outro produto que é uma marca registrada de Cuba, é o RUM. Rum é uma bebida obtida a partir da fermentação alcoólica do melaço e de outros derivados da produção de açúcar e posterior destilação. O rum é uma alcoólica bebida secular, de características refinadas e aroma suave.
Feito de canas frescas trituradas ou do seu melaço, a bebida começou a ser apreciada no século XVII, quando foi divulgada como um poderoso medicamento capaz até de “exorcizar os demônios do corpo”. Conta-se também que seu alto teor alcoólico (de 35 a 55 graus GL) o fez famoso entre os piratas, os encorajando antes dos combates. Serviu como moeda de troca para adquirir escravos africanos.
Vamos saber mais sobre o RUM?
O rum é primo da cachaça. Esses dois destilados são feitos a partir de matéria obtida durante a produção de açúcar — como a espuma resultante da fervura do caldo da cana-de-açúcar e o melaço, que surge na fase de cristalização.
Acredita-se também que tanto um quanto outro surgiram no início do século 17. O rum, nos canaviais das colônias inglesas na América; a cachaça, nos canaviais das colônias portuguesas. Nessa época, a espuma e o melaço eram descartados, mas aí…
Aí alguém cujo nome a história não registra viu que, misturados à água, esses descartes fermentavam. Para se chegar às bebidas, portanto, foi só um passo. E desde então se bebe cachaça no Brasil e rum nos países da América Central.
O que afinal difere uma bebida da outra? A diferença principal é que o rum é feito com o caldo cozido da cana (melaço), enquanto a cachaça desde sempre foi feita com o suco fresco (garapa) — embora, na Martinica, o rum também seja feito do suco.
Atualmente, no Brasil, quando falamos em rum o que ainda nos vem de imediato à mente?!
Montilla, claro (isso não é um merchandising). E é fácil entender o motivo. A marca (que nasceu na Espanha mas pertence à francesa Pernod Ricard) surgiu e se fixou no Brasil em 1957. Hoje, cerca de dois terços do rum consumido no país é Rum Montilla. Nem o Bacardi, com muito mais tradição, consegue desbancá-lo. Esse existe desde 1862. A marca foi criada em Santiago de Cuba por um imigrante catalão, Facundo Bacardi Massó, que desmontou sua destilaria e se mandou para Porto Rico quando Fidel Castro tomou o poder na ilha, em 1959. De lá, continuou a crescer.
Mas outra marca cubana, o Havana Club, mantida desde 1934 pelo cubano Jose Arechabala, em vez de fugir, foi transformada em ícone nacional e passou a ser produzida sob chancela do governo de Fidel. Até que em 1994, a mesma Pernod Ricard do Montila se associou ao ditador.
Num fifty/fifty, os franceses e o governo cubano criaram a Havana Club International para exportar o produto para o mundo todo — menos para os Estados Unidos, que não queriam saber de negócio com comunista, nem tendo francês como intermediário.
Para todo o mundo, incluindo o Brasil. Daí que o Havana Club acabou ganhando alguma popularidade por aqui, principalmente entre os bebedores que torcem o nariz para o tão popular Montilla.
O rum é o principal ingrediente de muitos drinques famosos, como o daiquiri, o daiquiri de banana, o mojito e a cuba libre. É produzido nas ilhas do Caribe, com ênfase em Cuba.
O terceiro atrativo de Cuba, poderia ser a salsa, mas nesta viagem usufruiremos também das paias cubanas. A salsa será um bônus cultural!
O país possui a costa repleta de praias paradisíacas com areia branca, fina, protegidas por palmeiras e com mar azul turquesa, águas calmas e cristalinas. Aonde quer nós formos, estaremos perto de cenários de tirar o fôlego.
Esqueça as preocupações em casa: chegamos em Cuba! A Ilha do Charuto, do Rum e de Belas Praias!
Dia 1 – HAVANA
Estamos em Cuba.
Cuba é uma ilha caribenha sob regime comunista. Tem praias de areia branca e campos de cultivo de tabaco, essenciais para a produção dos lendários charutos do país. A capital, Havana, está repleta de casas em tons pastel, carros da década de 1950 e arquitetura espanhola colonial na antiga Havana. A salsa toca nos clubes de dança e há apresentações de cabaré no famoso Tropicana.
Chegamos pelo Aeroporto Internacional José Martí, Havana. Após a recepção de boas vindas pela nossa equipe receptiva seguiremos em transfer privado para o nosso hotel em Havana. No Check-in a primeira surpresa (que já não será tão surpresa…) entrega de um charuto a cada um de nós.
Em Havana estaremos bem hospedados em um Iberostar.
Resto do dia e Noite livre.
Que tal já iniciarmos pelo Cabaré Tropicana? O mundialmente famoso clube ao ar livre, com ótimos dançarinos que se apresentam ao ritmo da salsa e das melhores orquestras cubanas. (Opcional livre).
Os shows acontecem todos os dias, após a meia-noite.
É quase uma tradição em Tropicana, antes de começar o show, uma garrafa de champanhe nas mesas, já que nada responde melhor à efervescência do espetáculo do que o borbulhar das bolhas. Imediatamente, a espuma característica desta bebida, bem como o cheiro requintado que vem dela, o acompanharão levantando os copos em um ato de alegria, para começar com o primeiro brinde da noite. Acompanha o rum cubano forte, cerimonial, possessivo, sensual e incomparável para criar a mistura perfeita de uma noite de devaneios. Aproveitaremos a nossa primeira noite em Cuba, em um dos cabarés mais bonitos e famosos do mundo. (este programa noturno é opcional).
Dia 2 – HAVANA – CITY TOUR
Após o Café da manhã, realizaremos o Tour pela Cidade de Havana em carros antigos clássicos para um passeio pelas principais ruas e avenidas da cidade.
Terminaremos o tour na Praça de São Francisco de Assis em Havana colonial, declarada pela UNESCO como Património Mundial. Passeio a pé pela cidade velha, com suas praças, fortalezas e edifícios construídos pelos espanhóis entre os séculos XVI e XIX, com oportunidades para a compra de artesanato.
Visitaremos o Museu do Rum Habana Club com degustação de rum da marca Havana Club.
Almoçaremos no restaurante “La Moneda Cubana”.
Depois do almoço visita ao Craft Palace para o Rid, café e tabaco com 1 shot de rum, charuto e café.
Após a visita, volta para o hotel passando pela Plaza de la Revolución (parada por 15 minutos).
Não, o dia não acabou, está só começando, pois a noite vem aí!
Às 19h30 sairemos para HAVANA À NOITE: Transfer para o Parque Morro Cabaña, onde poderemos apreciar a visão noturna da cidade do outro lado da baía.
Jantaremos em um restaurante emblemático de Havana e aproveitaremos a Cerimônia Cañonazo.
O Cañonazo é uma recriação histórica declarada Patrimônio Cultural e que se celebra todos os dias às 21h. Residentes de Havana, vestidos como guardas militares do século XVIII, de uniforme e perucas brancas, retratam os tempos em que se fechavam as muralhas da cidade. Tem início ao som dos tambores e de uma voz que pede “silêncio” aos que a assistem. Em seguida, um grupo dispara o canhão.
Prosseguiremos para o Hotel Nacional para desfrutar do primeiro espectáculo no Parisien Cabaret.
O Parisién está localizado dentro do Hotel Nacional e se beneficia da mesma rica história.
O show é um pouco menor do que o Tropicana, com menos dançarinos, o que o torna mais íntimo e aconchegante. Os figurinos, coreografias e danças são excelentes.
Inclui ¼ garrafa Havana Club Rum – Añejo Blanco e 2 refrigerantes.
Após o show, retorno ao hotel.
Dia 3 – PELA ROTA DO TABACO – VIÑALES
Após o café da manhã sairemos para a província de Pinar del Rio, berço do melhor tabaco do mundo.
E, por irmos hoje em direção de Pinar del Rio, e por aqui estarmos em função do Charuto cubano, vamos mergulhar na história, enquanto apreciamos paisagens fantásticas.
Segundo os estudiosos, o uso do tabaco pelo homem principiou na América Central por volta do ano 1000 a.C. A planta era consumida através de infusões, comida, mascada, moída e aspirada, ou aspirando-se a fumaça por ela produzida.
Já a origem do charuto é incerta. Concretamente, o mais antigo registro do charuto que existe é um vaso maia do século X, encontrado nas ruínas de Uaxactún, na Guatemala, que mostra um indivíduo fumando folhas de tabaco enroladas com um barbante.
Com a chegada dos europeus ao continente americano, o charuto ganhou o mundo. Os primeiros europeus a terem contato com ele foram Rodrigo de Jerez e Luiz de Torres, dois marinheiros da esquadra de Colombo que foram por este enviados para explorar a região ao redor da Baía de Bariay, ao norte da atual província cubana de Holguín. Quando retornaram de sua excursão, estes relataram terem encontrado “mulheres e homens, com um tição entre as mãos e ervas para tomar a defumação à qual estavam acostumados”. Quando regressou a Ayamnte, na Espanha, Jerez levava consigo algumas folhas de tabaco e mostrou a familiares e amigos como usá-las para fumar. O que lhe custou caro, pois foi acusado de estar possuído pelo demônio e condenado a anos de prisão.
Os índios que habitavam em Cuba nessa época eram os tainos, que chamavam o tabaco de cohiba. Atualmente, Cohiba é o nome de uma famosa marca de charutos. O tabaco continuou a sofrer muitas perseguições por parte dos governos de países como Pérsia, Rússia, Japão e Turquia. Porém, com a publicação de um estudo científico do alemão Johan Neander sobre os efeitos terapêuticos do tabaco, a situação se reverteu e o tabaco passou a ser encarado como um remédio para diversos males. Seria esta uma técnica capitalista para dominar mercados com produtos polêmicos?
A rainha francesa Catarina de Médici, por exemplo, passou a usar o tabaco aspirado sob a forma de pó para curar sua enxaqueca, sob orientação médica. Vale lembrar que o tabaco foi apresentado a ela por Jean Nicot, o embaixador francês em Portugal. Do sobrenome Nicot surgiu denominação científica da planta, Nicotiana.
O charuto, no formato padrão que conhecemos hoje, foi criado em 1726. Antes disso, consumia-se o tabaco principalmente utilizando-se o cachimbo. Nesse mesmo ano de 1726, Israel Putman levou os primeiros charutos cubanos para os Estados Unidos, juntamente com sementes de tabaco cubano.
Inicialmente, o charuto era confeccionado em Sevilha, na Espanha, a partir de tabaco cultivado em Cuba, porém, a partir de 1821, um decreto do rei espanhol Ferdinando VII permitiu a fabricação de charutos em Cuba. Em 1840, Cuba já era o maior produtor de charutos do mundo. Surgiram as tradicionais marcas Partagas, H. Upmann e Romeo y Julieta.
Em 1959, com a Revolução Cubana, as fábricas de charuto cubanas foram estatizadas e a Cubatabaco (atual Habanos S.A.) foi criada. Muitos mestres na produção de charutos cubanos emigraram (fugiram mesmo) para outros países.
Em 1962, os Estados Unidos, em represália à orientação comunista do governo cubano, decretaram o embargo econômico aos produtos cubanos, prejudicando a exportação dos charutos cubanos.
Em 1982, durante a copa do mundo de futebol, o presidente cubano Fidel Castro resolveu lançar comercialmente os Charutos Cohiba, até então reservados à elite do governo cubano. Os charutos Cohiba são fabricados com as melhores plantações de Cuba e passam por três fermentações, uma a mais que a usual, de modo a adquirir um sabor mais suave.
Hoje em dia, existem grandes países produtores de fumo para charuto fora do continente americano, como Camarões e Indonésia. Porém os melhores charutos ainda são produzidos a partir de plantas cultivadas na América Central, em países como República Dominicana, Nicarágua e especialmente Cuba, na região de Vuelta Abajo, na província de Pinar del Río: bem onde estamos hoje!
A província é conhecida como “catedral natural de Cuba”, por conta de sua preservada natureza. Também é o local onde é plantado o melhor tabaco do mundo e onde estão instaladas algumas fábricas do famoso charuto cubano.
A paisagem de Pinar del Río é diferenciada devido aos seus maravilhosos mogotes e suas espetaculares florestas tropicais, o parque Soroa, o maior orquidário do país, e uma linda cascata, a El Salto, com queda d’água de 20 metros. E Pinar del Río também tem lindíssimas praias, com jardins de corais protegidos, como os corais negros, em Maria La Gorda, um point de mergulhadores.
Breve parada com 1 Coquetel Cubano ou Suco Natural no Centro de Informações da Rota do Tabaco no km 122 da rodovia (Las Barrigonas).
Continuação da viagem a Finca Quemado del Rubí. Tour pela plantação de tabaco (de acordo com a estação de crescimento), a casa para curar as folhas, bem como o local onde os prêmios e os reconhecimentos recebidos pelo produtor e outras instalações do local são visitados.
Almoço na fazenda com uma refeição crioula com bebida nacional, em uma fazenda perto do rio que atravessa o centro da plantação de tabaco. Visualização da produção de charutos. Entrega de 1 charuto feito na própria fazenda para cada um.
Partida para o Vale de Viñales, local de incomparável beleza formado por mogotes (maciços calcários) com paredes verticais e picos arredondados, considerados as mais antigas formações rochosas de Cuba.
Breve parada na Caracol Tobacco Specialty Store, para que os clientes possam comprar charutos ou Souvenirs, se desejarem. Em seguida, retornaremos para hotel em Havana. Noite livre.
Dia 4 – HAVANA – VARADERO.
Após o café da manhã, deixaremos o hotel e seguiremos para Varadero, com parada no Mirador de Bacunayagua, onde pararemos por meia hora para apreciar a extraordinária vista do local.
Chegada e check-in. Aqui curtiremos a vida por 3 noites. Afinal, estamos em Varadero!
Varadero, que abrange a estreita península Hicacos, em Cuba, é um point de praia bastante frequentado. A 140 km de Havana, ao longo de seus 20 km de litoral no oceano Atlântico, há uma faixa de complexos hoteleiros all-inclusive e spas, além de um campo de golfe. Perto do extremo sul da península fica a Reserva Ecológica Varahicacos, uma área preservada com trilhas e uma antiga caverna funerária. O Parque Josone tem lago e jardins.
Em Varadero podemos passear a pé, mas se o calor for demais, podemos circular a bordo de um gua-gua, como é chamado localmente o ônibus turístico circular de dois andares. A ordem do dia é curtir a praia, uma das mais belas do caribe, de forma livre e descompromissada. Afinal, deixamos os problemas no Brasil. Estamos no paraíso!
O Hotel recomendado para nosso grupo é o IBEROSTAR BELLA VISTA VARADERO 5*
A Vida é perfeita e feita para aproveitarmos ao máximo! O hotel de 5 estrelas Iberostar Selection Bella Vista Varadero, nas multi cores que adornam os quartos, na decoração interior e exterior, são a prova viva de que você é um mundo. A apenas 10 metros da areia de uma praia mundialmente famosa, o complexo está rodeado por uma natureza tropical tão agradável como cuidada. E está Tudo Incluído…
Dia 5: VARADERO Dia livre para atividades independentes.
Aqui, eu quero ter cara de paisagem!
Se em Havana respira-se uma atmosfera retrô, ou vintage, em Varadero respira-se um ar ensolarado.
E se pudéssemos reescrever um dicionário, trocaríamos o sinônimo de praia para VARADERO! Aqui, possivelmente poderemos dizer que vimos o mar mais cristalino de toda a nossa vida, onde a água se parece com uma piscina, com um mar muito calmo e tranquilo.
Estamos no coração do caribe, abaixo das Bahamas, abaixo de Key West (Flórida/USA), vizinhos a Cancun.
E, lembrando da Flórida, aqui também há uma atração especial para quem quer, como nós, certamente, vivenciar a experiência de nadar com os golfinhos: o Delfinário.
Em funcionamento desde 1984, o local oferece diariamente 4 espetáculos com golfinhos.
O espaço consiste numa grande piscina cercada por uma bela vegetação, onde 13 golfinhos vivem em perfeitas condições. Além do show e fotos, mediante taxa local extra, poderemos nadar 15 minutos com os golfinhos. É uma experiência fantástica!
E, depois destes dias de praia, sol e calor em Cuba, nos despedimos com um presente da natureza: um por do sol típico caribenho.
Crédito de imagem: Lala Rebelo
Dia 6 – VARADERO – AEROPORTO DE HAVANA.
Neste último dia ainda teremos como bônus da natureza, uma manhã livre.
Poderemos aproveitar o café da manhã “respirando a natureza”! Ou aspirando charutos!
E, como bons brasileiros, que tal a última caipirinha com Rum?
As 12h realizaremos nosso check-out no hotel.
E, aproximadamente 6 horas antes da partida do voo, seguiremos com nosso receptivo local ao Aeroporto Internacional José Martí, em Havana, para embarcar no voo de retorno.
E, no caminho entre uma cidade e outra, não podemos deixar de filosofar sobre estes dias na Ilha: o quanto o turismo representa para a dignidade deste povo que, no dia a dia, pouco tem, pela coletivização. O que senti, que é eterno e não muda nunca, é a alma do povo cubano. Um povo simpático que adora os brasileiros. Um povo forte e amável que merece um grande futuro. E com certeza, nossa viagem contribuiu para isso.
FIM DOS NOSSOS SERVIÇOS!
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Para pessoas também exclusivas, como você!
Apêndice especial – BÔNUS informativo
(retirado do blog viajenaviagem)
Golpe do charuto em Havana: cuidado para não cair nessa!
Charutos são o produto mais famoso de Cuba. Quem é fumante muito provavelmente vai incluir no planejamento de viagem uma pesquisinha prévia sobre onde comprar as marcas que já conhece. Mas quem não é fumante, apenas um turista curioso (e quando muito só ouviu falar de um tal Cohiba), precisa ficar muito esperto para não cair no golpe do charuto em Havana.
A armação toda é tão sutil que eu só fui entender a mecânica por completo depois de conversar com dois amigos. Ambos estiveram em Cuba recentemente e ambos foram vítimas do golpe também, mesmo sendo viajantes de longa data. Os malandros agem com simpatia e levam os gringos na lábia, e embora a experiência não seja traumática, ninguém fica feliz de ser feito de bobo e de voltar para casa com mercadoria falsificada.
Como funciona o golpe do charuto em Havana
Caminhando por Havana, especialmente por Habana Vieja, você vai ser abordado algumas vezes por pessoas oferecendo charutos. Você não compraria charutos de uma pessoa qualquer na rua, certo? Certo.
Então, seguindo o passeio, eventualmente você vai parar para tirar algumas fotos, tomar uma água, um mojito. Daí algum cubano muito simpático vai se apresentar e puxar papo, perguntar de onde você é (“Brasil? Me encantan las novelas!”), dizer que está feliz que você está gostando de Cuba. Talvez num momento da conversa ele pergunte se você tem lugar para se hospedar, você vai dizer que sim e quem sabe até comente sobre a ótima casa particular ou hotel em que você está ficando. Antes de ir embora, ele vai deixar uma dica: visitar uma cooperativa de trabalhadores das fábricas de charutos em Havana, que mensalmente fazem uma venda especial de parte do que produzem por um preço muito bom. Ele diz que vale a pena checar, você agradece, ele se despede e pronto.
Daí você fica na curiosidade: “Caramba, nem tenho acesso à Internet aqui para pesquisar mais sobre essa cooperativa. Talvez seja legal, de repente é como uma feirinha.”
Continuando o passeio, você vai ser de repente cumprimentado por uma pessoa muito feliz em te ver: “Oi, você não está hospedado no hotel tal? Eu vi você chegando outro dia, sou sua camareira!”. Ou: “Olá, você não é o hóspede brasileiro da casa de fulana? Reconheci logo, eu sou vizinha dela!”. Vocês vão conversar um pouquinho, e eventualmente os charutos serão mencionados. Talvez você até aproveite para perguntar que história é essa de cooperativa, e ela diga que se você quiser visitar ela pode ir junto, que ganharia com isso alguns vales para reforçar as compras de mantimentos do mês.
E aí vocês vão.
Desnecessário dizer que é tudo muito bem armado. A primeira pessoa a fazer a abordagem puxa assunto para colher toda a informação que a segunda pessoa possa usar para demonstrar intimidade e levar você à “cooperativa”. E a cooperativa, na verdade, vai ser a casa de alguém que vai se apresentar como um funcionário de uma fábrica de charutos e continuar sustentando a lorota toda.
As caixas de charuto à venda vão ser bonitonas a ponto de nenhum leigo ser capaz de desconfiar que não correspondem a um produto legítimo. Para ajudar na venda, os charutos ora serão os “preferidos de Fidel”, ora os “favoritos de Raúl”, “aromatizados com rum”, e daí em diante, e o falso funcionário falará das qualidades de cada tipo, dará sugestões para a escolha e ainda explicará a importância de se manter o “selo de garantia” do produto na caixa para controle alfandegário (que ironia).
Se você chegar até aqui, é porque comprou toda a história; comprar os charutos fake vai ser o próximo passo natural…!
Havana é uma cidade perigosa?
Havana é uma cidade bem segura para o tamanho que tem. É raro escutar relatos de roubos a turistas, e você vai se sentir muito mais à vontade para tirar fotos e passear pelas ruas de lá do que se estivesse em Paris, Buenos Aires ou no Rio de Janeiro.
Golpes contra turistas, por outro lado, são bem comuns. O golpe do charuto é o principal deles. Alguns aproveitadores também tiram vantagem do interesse dos estrangeiros em conversar sobre o país para descolar uns drinks de graça, outros oferecem dicas de restaurantes e acabam levando a lugares pega-turista que cobram o triplo do preço. Pode acontecer de uma corrida de bicitáxi que foi combinada por 4 CUC de repente virar 4 CUC “por passageiro”.
Onde comprar charutos em Havana?
Você compra charutos cubanos legítimos em Havana em qualquer uma das lojas La Casa del Habano. A maioria das lojas está nos saguões de grandes hotéis, como no Hotel Nacional (Calle 21, esquina com O, tel. 7/836-3564), Meliá Cohiba (Avenida Paseo, entre 1ª e 3ª, tel. 7/833-3636) e Tryp Habana Libre (Calle L, entre Avenida 23 e Calle 25, tel. 7/834-6100), em El Vedado.
Em Habana Vieja há uma La Casa del Habano no hotel Conde de Villanueva (Calle Mercaderes 202, tel. 7/862-9293) e também no antigo prédio da fábrica de charutos Partagás (Calle Industria 520, tel. 7/866-8060).
Cohiba, Montecristo e Partagás estão entre as marcas mais conhecidas, e você pode conhecer outras no site da Habanos. Existem charutos de todos os preços, mas um único charuto Cohiba legítimo pode custar entre 20 e 30 CUC.
Boa Viagem!